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Público Alvo
Jovens e adultos
Observações
Mínimo de 5 e máximo de 15 participantes
Valor
Bilhete de entrada + 2 EUR
No âmbito da programação proposta para as Visitas à hora Certa, decorre no próximo dia 29 setembro, pelas 15 horas, uma visita guiada ao Andar Nobre do Palácio dos Carrancas.
Ao longo dos anos de uso a ocupação do espaço foi sofrendo alterações, devidas à mobilidade da família e à frequente existência de hóspedes.
No entanto, podem-se esboçar alguns princípios de utilização dos vários pisos.
No primeiro piso encontramos o grande átrio de entrada à volta do qual se distribuíam os armazéns, cavalariças e cocheiras.
O andar intermédio terá sido utilizado pela família, e o andar nobre reservado para as personagens importantes que aqui se alojavam.
O último andar deveria ser destinado aos criados, e as oficinas da fábrica e talvez a cozinha ocupassem as duas alas que rodeavam o jardim interior.
O Palácio dos Carrancas foi mandado construir em 1795 pela família Morais e Castro, descendente de cristãos-novos, pertencente à burguesia portuense e que enriqueceu com a Fábrica de Tirador de Fio de Ouro e Prata aqui instalada. O edifício, com unidade fabril e residência, testemunhou e foi palco de acontecimentos sociais, militares e políticos ao longo do século XIX.
Marcadamente urbano e seguidor do estilo Neoclássico, que se instalava então no Porto, o Palácio teve um carater único em contexto de construção privada. Tudo aponta para a intervenção dos arquitetos municipais Joaquim da Costa Lima Sampaio e José Francisco de Paiva. A fachada, de grande clareza de desenho, dividia o edifício em dois corpos horizontais.
A distribuição seguia a hierarquia do antigo regime e os tratados de Arquitetura: andar nobre, pátio fechado com muro alteado, separação da manufatura e operários e a quinta recuada. O luxo afirmava-se nos espaços interiores, nomeadamente no andar nobre, permanecendo ainda dessa época uma grandiosa Sala de Jantar e a Sala da Música.
A grandiosidade do edifício associou-o ao cenário dos grandes acontecimentos político-militares da cidade. Por exemplo, durante a primeira invasão francesa, foi considerado um local estratégico e ocupado pelo marechal Soult. Pouco depois, estabelecia-se aqui o seu sucessor no comando militar da cidade, chefe do exército libertador, o general Arthur Wellesley.