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Etiqueta: set_2024

Desenho e Pintura na estreia da Academia de Inverno do MNSR

27 de Agosto, 2024

Partindo das coleções do Museu como fonte de inspiração e aprendizagem, a Academia de Inverno é a nova proposta do Museu Nacional Soares dos Reis. O objetivo é promover o ensino da arte académica a partir dos métodos clássicos utilizados no século XIX pelos artistas representados nas suas coleções.

 

De periodicidade anual, a Academia de Inverno vai decorrer de outubro a fevereiro, sendo que, nesta primeira edição, será lançado o curso de desenho e pintura. Este curso é estruturado em quatro módulos, visando a formação em técnicas tradicionais e rigorosas, semelhantes às que o próprio Soares dos Reis terá aprendido.

 

A formação será ministrada por Nelson Ferreira e Pedro Santos Silva, tendo como destinatários estudantes e público em geral. Cada participante poderá inscrever-se num ou mais módulos. No entanto, para a frequência dos módulos 2, 3 e 4 será necessário frequentar o módulo 1 ou possuir formação prévia no método bargue.

Módulo 1: Curso Bargue

 

Datas: 19 e 20; 26 e 27 de outubro 2024 (das 10h às 18h)

Duração: 28h

Este módulo introdutório é focado no estudo do desenho através do curso de Charles Bargue, uma das metodologias mais respeitadas no ensino de desenho académico. Os alunos serão guiados na prática de cópias de gravuras de Bargue, trabalhando na precisão do traço, proporções, e compreensão da forma.

Inscrições: 23 de setembro a 11 de outubro (se.mnsr@museusemonumentos.pt)

Objetivos Específicos:

Desenvolver habilidades de observação detalhada.

Aprender a reproduzir com precisão proporções e formas.

Introdução à técnica de chiaroscuro (claro-escuro).

 

 

Módulo 2: Curso Bargue, usando temperatura de cor (Método Trois Crayons)

 

Datas: 9 e 10; 16 e 17; 23 e 24 de novembro 2024 (das 10h às 18h)

Duração: 42h

Continuando a partir do Módulo 1, este módulo introduz o uso de temperatura de cor e a técnica “trois crayons”, que combina carvão, sanguínea e giz branco. Esta técnica, utilizada por mestres clássicos, permite uma representação mais rica e dinâmica das formas.

Inscrições: 14 a 31 de outubro (se.mnsr@museusemonumentos.pt)

Objetivos Específicos:

Aprofundar a compreensão da forma através da introdução da cor.

Aprender a técnica “trois crayons” e sua aplicação no desenho académico.

Explorar a representação de volumes e temperaturas de cor.

 

 

Módulo 3: Desenho a partir das Esculturas

 

Datas: 11 e 12; 18 e 19; 24 e 26 de janeiro 2025 (das 10h às 18h)

Duração: 42h

Neste módulo, os alunos trabalharão diretamente a partir das esculturas da coleção do Museu Nacional Soares dos Reis. Esta prática é essencial para o desenvolvimento de um olho treinado para a tridimensionalidade e proporções em obras de arte.

Inscrições: 16 a 30 de dezembro (se.mnsr@museusemonumentos.pt)

Objetivos Específicos:

Desenvolver a habilidade de captar a tridimensionalidade através do desenho.

Aplicar conhecimentos de proporção e composição ao desenhar esculturas.

Aprender técnicas de simplificação de formas complexas para desenho.

 

 

Módulo 4: Pintura a partir de Moldes de Gesso

 

Datas: 8 e 9; 15 e 16; 22 e 23 de fevereiro 2025 (das 10h às 18h)

Duração: 42h

Finalizando o curso, este módulo foca na pintura a partir de moldes de gesso, uma prática tradicional no ensino académico que permite a compreensão profunda da luz e da forma. Os alunos trabalharão na transição do desenho para a pintura, aprendendo a construir volumes através da aplicação de camadas de tinta.

Inscrições: 13 a 31 de janeiro (se.mnsr@museusemonumentos.pt)

Objetivos Específicos:

Aprender a transição do desenho para a pintura.

Compreender a aplicação da luz e sombra em pintura.

Desenvolver técnicas de pintura baseadas na observação de formas simples.

 

 

FORMADORES

 

Nelson Ferreira

Especializou-se em técnicas de antigos mestres europeus (métodos de pintura flamenga primitiva do século XV, assim como desenho e pintura académica do século XIX). Foi por duas vezes o artista convidado, pela National Portrait Gallery, para ensinar técnicas de desenho do Renascimento, durante a exposição de desenhos de Holbein e Leonardo.

Em Portugal, orientou cursos no Museu Nacional de Arte Antiga, Faculdade de Belas Artes de Lisboa, Universidade Autónoma de Lisboa, e Escola Utopia do Porto, entre outras instituições. É formador de artistas da Walt Disney, ensinando desenho e pintura às equipas ILM da América do Norte, Reino Unido e Singapura. É professor convidado da universidade estatal da Indonésia.

 

Pedro Santos Silva

Artista Plástico. Licenciado em Investigação Social Aplicada (2003) pela Universidade Moderna de Lisboa. Licenciado em Artes Plásticas – ramo de Pintura, pela Faculdade de Belas Artes do Porto (2014).

Doutorado pela Universidade de Vigo em Creación e Investigación en Arte Contemporáneo (2023).

Formador de Pintura e Desenho na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto desde 2017. Professor convidado do Departamento de Desenho na mesma instituição (2021-2022; 2023-2024).

Investigador no grupo Art and Critical Studies no Centro de Estudos Arnaldo Araújo. Diretor da Escola Utopia, Arte & Ideias desde 2020.

Inscrições: se.mnsr@museusemonumentos.pt

 

 

Preço Módulo 1
145 Euros para estudantes e membros do CDJF – Amigos do Museu

165 Euros para o público geral
Inclui todos os materiais

 

Preço Módulos 2, 3 e 4
195 Euros por módulo para estudantes e membros do CDJF – Amigos do Museu
245 Euros por módulo para o público geral
Inclui todos os materiais

MNSR na lista das sugestões de visita da Condé Nast Traveler

27 de Agosto, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis integra a lista das melhores sugestões de visita à cidade do Porto, publicada pela Condé Nast Traveler, uma premiada revista de viagens de luxo e estilo de vida publicada pela Condé Nast.

 

Num artigo assinado por Abigail Malbon e Mary Lussiana e divulgado este mês, a Condé Nast Traveler destaca que “À medida que o interesse em visitar o Porto cresce cada vez mais, os visitantes encontram ainda mais coisas para fazer na cidade. O que antes era visto por muitos como uma viagem curta está a tornar-se uma pausa mais longa, com exploração de outros locais fora do centro da cidade e em áreas vizinhas”.

Sobre o Museu Nacional Soares dos Reis, as autoras escrevem: “A arte, antiga e nova, é facilmente acessível no Porto. O Museu Nacional Soares dos Reis é um dos museus mais importantes de Portugal, instalado num dos palácios mais antigos do país. Reabriu em abril do ano passado, após vários anos de encerramento e remodelação, abrindo novamente as suas portas a uma excelente coleção de arte portuguesa com vários destaques do escultor do século XIX cujo nome o museu ostenta, António Soares dos Reis. Não perca a sua escultura, O Desterrado: esculpida em mármore de Carrara, é a prova que justifica o facto de, por vezes, ser apelidado como o ‘Miguel Ângelo’ de Portugal”.

 

Recorde-se que, em julho passado, o Museu Nacional Soares dos Reis recebeu o Prémio Travelers’ Choice 2024 do Tripadvisor, figurando assim entre os 10% das melhores atrações do mundo.

 

Os vencedores dos Travelers’ Choice, anteriormente designados Certificados de Excelência, atribuídos desde 2011, distribuem-se nas categorias de alojamento, restaurantes e atrações em todo o mundo que propiciaram continuamente a melhor experiência aos clientes/visitantes.

 

Recentemente distinguido com o Prémio Museu do Ano 2024, pela Associação Portuguesa de Museologia, o Museu Nacional Soares dos Reis totalizou, no primeiro ano após a reabertura, cerca de 86 mil visitantes (60% nacionais e 40% estrangeiros), promoveu oito exposições temporárias e realizou cerca de 700 atividades de mediação (visitas, oficinas, sessões comentadas, entre outras).

João Paulo Serafim em residência artística no MNSR

26 de Agosto, 2024

As questões da memória têm sido objeto de pesquisa de João Paulo Serafim. Desde 2005, tem vindo a desenvolver o projeto MIIAC-Museu Improvável Imagem e Arte Contemporânea, no qual – através da fotografia e da bibliografia – combina memórias pessoais e coletivas.

 

Ao longo de 2024, numa residência artística no Museu Nacional Soares dos Reis, João Paulo Serafim explora os temas basilares do seu trabalho num processo que intitulou de Memória Próxima.

 

O resultado dessa residência será apresentado no formato de exposição a partir do dia 21 de setembro, no Museu Nacional Soares dos Reis.

Exposição De Passagem – Moçambique 1970–1973, Mário Martins

23 de Agosto, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis apresenta a exposição De Passagem, Moçambique 1970–1973, de Mário Martins, uma extensão no Porto dos Encontros da Imagem – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, com programação da The Cave Photography e curadoria de Mafalda Martins, Miguel Refresco, Rui Pinheiro e Sérgio Correia.

 

Mário Martins nasceu em Vila Real a 25 de junho de 1948, filho de pais flavienses. Como milhares de portugueses, foi chamado para a Guerra Colonial em 1970, mobilizado contra a sua vontade. Esteve em Moçambique como alferes miliciano numa companhia de intervenção independente, em operações no Niassa, Zambézia e Tete.

 

De lá trouxe as vivências apresentadas nesta exposição, que revelam a sua preocupação social numa guerra que considerava sem sentido e que fortaleceram a sua afinidade com o movimento libertador do 25 de Abril de 1974. Este idioma universal que é a fotografia seduziu-o desde sempre, mas só em Moçambique se imbuiu profundamente na sua prática.

 

Um olhar sobre o olhar, revisitando este arquivo pessoal de fotografias originais, impressas há mais de 50 anos, é a proposta apresentada no Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Uma narrativa deambulante, que encerra em si partes de uma coleção organizada, comentada, parcialmente fechada e onde constam elementos inerentes à prática fotográfica e a experiências de impressão, anotações técnicas e processos químicos e físicos imanentes. Imagens que transcendem a data em que foram feitas, expondo-as à razão que as antecede, algures entre o exercício de contestação ou o ato de sobrevivência.

 

50 anos depois de Abril, a possibilidade de perscrutar a Guerra Colonial sob múltiplos aspetos, num diálogo intrínseco entre memória e contemporaneidade, que transpõe a história linear e a abre a novos entendimentos.