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Teatro do Bolhão apresenta «O prazer dos objetos»

14 de Novembro, 2023

O Teatro do Bolhão apresenta, no Auditório do Museu Nacional Soares dos Reis, o espetáculo «O Prazer dos Objetos», dias 24 e 25 de novembro (sexta-feira e sábado), às 19h00, e dia 26 de novembro (domingo), às 16h00.

 

A sessão de domingo, às 16h00, terá tradução em Linguagem Gestual Portuguesa (LGP).

 

A apresentação tem um cariz solidário.

 

A entrada é gratuita e a plateia é convidada a fazer um donativo de qualquer valor para a campanha Unidos pelo Edu*.

 

Inscrição formulário online

Escrita e dirigida por Zeferino Mota, a peça «O Prazer dos Objetos» é apresentada em forma de palestra e aborda questões que se relacionam com património e memória, encontrando na sala de conferências de um museu o seu habitat natural.

 

Uma atriz na personagem de uma historiadora de arte apresenta a comunicação «O prazer dos objetos». A morte recente de uma pessoa próxima fizera-a descobrir como uma ausência significativa sacraliza fotografias, cartas, louças, gestos, etc e como são as relações de afinidade que tornam um objeto verdadeiro; torna-se real através de um vínculo e de uma proximidade.

 

Esta “revelação” é proposta diretamente ao público que ouve a “conferência”: o objeto sagrado pela memória é preservado, reciclado, convidado a ocupar um lugar, pode durar uma vida e pode mesmo ser um legado para futuras gerações; a sua contemplação demorada contrapõe-se ao ritmo do nosso tempo, em que as imagens passam de maneira fugaz pela retina e a multiplicidade de alternativas faz com que não tenhamos obrigação nem necessidade de nos demorarmos num lugar.

 

A biografia partilhada pela “performer” enquanto palestrante só aparentemente é individual; trata-se da história vivida por homens e mulheres que tentam chegar a um lugar que possam chamar lar.

 

Espetáculo precedido de conversa e apresentação da escultura O Desterrado

 

No dia da estreia do espetáculo (24 novembro), no Museu Nacional Soares dos Reis, a equipa técnica e artística do Teatro do Bolhão modera uma conversa, às 17h30, sobre os temas património e memória. Segue-se, às 18h40, e ainda antes do espetáculo, uma apresentação da obra-prima de António Soares dos Reis, O Desterrado. Paula Santos, do Museu Nacional Soares dos Reis, enquadra a emotividade saudosista que a escultura transmite no contexto em que a peça foi produzida, em Roma (1872), como prova final do curso de Escultura.

 

* A campanha Unidos pelo Edu reverte a favor da reabilitação de Eduardo Cunha, jovem de 17 anos e aluno do Curso de Intérprete (Ator/Atriz) na ACE Escola de Artes. Em abril deste ano, teve um acidente numa piscina e sofreu uma lesão grave na cervical, estando agora, depois de um processo difícil e longo nos cuidados intensivos do Hospital de Santo António, em processo intenso de reabilitação. A família que o tem apoiado permanentemente lançou uma campanha de angariação de fundos @unidospeloedu à qual a ACE Escola de Artes, o Teatro do Bolhão e o Museu Nacional Soares dos Reis se associam.

 

O Teatro do Bolhão foi formado em 2002 por um grupo de onze profissionais com direção artística de António Capelo, Glória Cheio, João Paulo Costa, Joana Providência e Pedro Aparício, a que mais tarde se juntou António Júlio. A companhia, sediada no Palácio do Bolhão, tem uma relação sinergética com a ACE Escola de Artes, integrando os/as jovens profissionais formados/as numa equipa de trabalho em constante renovação. Desde 2010, a companhia tem vindo a dinamizar um Serviço Educativo que promove uma relação contínua e orgânica com a região em que se insere através de workshops, laboratórios e oficinas, e ainda através do Teatro Portátil, que leva às escolas obras literárias lecionadas em diferentes níveis de ensino.

 

O Teatro do Bolhão é uma entidade financiada em regime quadrienal pela Direção Geral das Artes – Ministério da Cultura.

Visita Comentada «Curadoria de Arte Bruta» com Antonia Gaeta

13 de Novembro, 2023

A exposição “Portreto de la Animo” e as atividades paralelas são o foco do programa «Arte & Saúde» em 2023, prosseguindo com oferta cultural orientada à minimização do impacto da doença mental.

 

Portreto de la Animo pode ser visitada de terça a domingo, das 10h00 às 18h00.

 

Inscrições on-line

A programação paralela da Exposição Portreto de la Animo Art Brut Etc. propõe, no dia 22 novembro, uma visita comentada por Antonia Gaeta, dedicada ao tema «Curadoria de Arte Bruta».

 

A visita irá construir-se em torno da palavra “Considerar”, e abordará aborda as obras em exposição através de observações interrogativas, perspetivas de análise etiológica, causas e efeitos. A visita desenvolve-se como um texto que se transforma em opinião e na qual a observação se entrelaça com o pensamento até chegar a um certo discernimento.

 

Antonia Gaeta é Licenciada em Conservação dos Bens Culturais pela Universidade de Bolonha. Mestre em Estudos Curatoriais pela FBAUL e Doutora em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.

 

Desde 2003 desenvolve projetos de investigação, edição e exposição com diversas instituições artísticas em Portugal e no estrangeiro e tem textos publicados em catálogos de arte, revistas especializadas e programas de exposições.

 

Foi coordenadora executiva das representações portuguesas nas Bienais de Arte de Veneza (edições 2009 e 2011) e de São Paulo (edições 2008 e 2010) pela DGARTES. Em 2015 inicia a sua colaboração regular com a Coleção Treger Saint Silvestre em depósito no Centro de Arte Oliva. Em Outubro de 2019 abre em Lisboa o VERÃO, um espaço de experimentação no âmbito das artes visuais.

 

Curadora da exposição Ninguém. Só eu., uma mostra que resulta do projeto de residência e de apoio à criação artística coordenado por Antonia Gaeta em torno da exposição Jaime: “vi uma cadela minha com lobos”. Os artistas foram convidados a dialogar com a vida e obra de Jaime Fernandes, artista outsider de culto, mas cuja produção se manteve sobretudo conhecida através do filme Jaime (1974) de António Reis e não tanto pelo contacto direto com os desenhos.

 

Antonia Gaeta propôs uma reflexão sobre o imaginário do autor e das particularidades da sua biografia: Jaime Fernandes (1899-1969) foi diagnosticado com esquizofrenia e internado por mais de três décadas no Hospital Miguel Bombarda (Lisboa); o desenho e a escrita surgiram tardia e inesperadamente nos últimos anos da sua vida, no contexto da reclusão hospitalar.

 

Assim, as obras em Ninguém. Só Eu. tecem fios condutores relacionados com ideias sobre “experiência restrita”; “complementaridade entre experiência e descrição”; “imaginação e memória”, reconfigurando e materializando um mundo interior de leis subjetivas e poéticas.

Museu acolhe Conferência «Escultura e a obra de Delfim Maya»

10 de Novembro, 2023

O Museu Nacional Soares dos Reis acolhe, no próximo dia 25 novembro, pelas 16 horas, a Conferência «Escultura e a obra de Delfim Maya», evento que integra a realização de uma Mesa-Redonda, Lançamento de Livro e apresentação do Prémio Delfim Maya.

 

A obra de Delfim Maya convoca diversas questões de inequívoco sincronismo com a modernidade da escultura portuguesa e europeia, sendo esses aspetos abordados por Fátima Lambert e Samuel Rama. Maria Maya, neta do escultor, apresentará o seu mais recente livro «O Modernismo de Delfim Maya», seguindo-se uma breve apresentação do prémio Delfim Maya.

 

O Prémio Escultor Delfim Maya visa dar a conhecer a obra do escultor Delfim Maya (Porto, 1886 – Lisboa, 1978), o primeiro a introduzir em Portugal a escultura em folha de metal recortada, em 1934.

Maria José Maya

Tem um Mestrado em História de Arte pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, concluído em 2022.

 

Neta de Delfim Maya, investiga e escreve sobre ele desde há muitos anos.

 

É promotora do prémio escultor Delfim Maya, que decorre até final de dezembro de 2023, em colaboração com a ESAD.CR – Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, com a Liga dos Amigos do Museu José Malhoa e com algumas Instituições de Ensino Superior.

 

Organizou a conferência e a exposição “Um modernista autodidata: Delfim Maya (1886- 1978)” na BNP- Biblioteca Nacional.

 

Participou no catálogo digital da “História das Exposições de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian”, escrevendo sobre Delfim Maia, Hein Semke, Canto da Maia e Emmerico Nunes, em 2019.

 

Fátima Lambert

Licenciada em Filosofia (1982), Mestre em Filosofia/Estética (1986) e Doutorada em Estética/Filosofia — Faculdade de Filosofia Braga/U. Católica Portuguesa (1998). É Professora Coordenadora — Estética e Educação — na Escola Superior Educação/Politécnico do Porto, onde coordena a licenciatura Gestão do Património e o Mestrado Património, Artes e Turismo Cultural.

 

Coordena a linha de investigação de Cultura, Arte e Educação — InED (FCT)/ESE-P.Porto, de que foi diretora. Integra várias comissões científicas e editoriais de revistas científicas em Portugal, Espanha e Brasil. É Crítica de Arte (membro da AICA) e Curadora Inde-pendente. Linhas de investigação privilegiadas: Educação Estética e Arte Contemporânea; [In]visibilidade da mulher na história: pensamento, obra e ação; Viajantes: escritores e artistas no séc. XIX; Paisagem, Viagem e Utopia; Escrita, Imagem e Performance — intermedialidade. Publica regularmente em revistas científicas, autora de livros e monografias.

 

Samuel Rama

Licenciado em Artes Plásticas, na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, onde é docente desde 2003. Doutorado em Artes Visuais em 2013. Investigador do LIDA – Laboratório de Investigação em Design e Artes.

 

A sua atividade incide na pesquisa da intrincada e complexa relação entre os meios da escultura, desenho e fotografia com as noções de paisagem. De entre as suas exposições individuais destacam-se: Habitar a Penumbra (2005), Módulo – Centro Difusor de Arte, Porto; MAGMA (2008), Galeria 111 – Lisboa e Porto, SCANNING (2010) Arquivo Fotográfico de Lisboa, Lisboa; MEGAPARSECS (2012) Teatro da Politécnica, Lisboa.

 

Finalista nos prémios IV International Expanded Painting Prize (2007), Museo de Bellas Artes de Castellón, Espanha e na X Mostra Internacional UNION FENOSA (2008), Museo de Arte Contemporâneo União Fenosa, Coruña, Espanha.

Em novembro, descobrimos o conjunto de livros Mangá de Hokusai

9 de Novembro, 2023

Público
Jovens e adultos

 

Ingresso
Entrada gratuita

 

Inscrições
Formulário online (com 48 horas de antecedência)

Peça do Mês Mangá de Hokusai
29 novembro (4ª feira), 13h30
30 novembro (5ª feira), 18h30
Público | Jovens e adultos
Sessão comentada por Ana Anjos Mântua

 

O Museu Nacional Soares dos Reis apresenta, na rubrica A Peça do Mês – A Escolha do Público, o conjunto de livros Mangá de Hokusai. As sessões comentadas decorrem nos dias 29 novembro (13h30) e 30 novembro (18h30). Inscrições a decorrer.

 

Mangá de Hokusai é uma coleção de esboços de diversos temas realizados pelo artista japonês Katsushika Hokusai.

 

Paisagens, flora e fauna, vida quotidiana, religião e o universo sobrenatural são os assuntos abordados nos 15 volumes, cuja publicação teve início em 1814.

 

Dos 15 volumes originais, Fernando de Castro adquiriu 13 que integram um recorte da sua coleção dedicada ao Oriente.

 

O artista japonês Katsushika Hokusai (1760-1849) começou uma formação como escultor aos 15 anos de idade. Dedicou depois a sua longa vida quase exclusivamente à criação de estampas em blocos de madeira colorida e usou cerca de 30 nomes de artistas diferentes.

 

A sua obra mais famosa é “A Grande Onda de Kanagawa” da série “36 Views of Fuji”. O seu estilo inspirou artistas como Vincent van Gogh, Paul Gauguin e Gustav Klimt e contribuiu também para o movimento de Japonismo.