
O Beijo é uma obra modernista em barro patinado fazendo valer aspetos de uma arte figurativa que explora o ideal de retorno às raízes europeias, nas linhas propostas pelos escultores Antoine Bourdelle e Aristide Maillol, uma corrente que ganhou adesão em Paris pela década de 1920.
No conjunto da obra de Canto da Maya, o Beijo enquadra-se numa fase em que o autor exalta o que é exuberante e o sensitivo, na procura da essência do ser humano. As figuras saem totalmente fora dos cânones e são modeladas em barro, a matéria-prima ideal para dar forma à noção de erotismo associada ao par primitivo.