Século III – IV d.C
Mármore esculpido em baixo-relevo
Ficha de inventário
Esta arca tumular romana foi descoberta em 1840 no Monte da Azinheira em Reguengos, na região de Évora. A iconografia deste sarcófago parece conter um sentido religioso, que deve relacionar-se com o mistério da existência após a morte: na verdade, a evocação do culto de Baco, feita através de símbolos de vindimas e lagares, sugere os prazeres de uma vida além-túmulo.
A arca apresenta um friso em baixo-relevo alusivo às Quatro Estações do Ano, em torno de um medalhão central com o retrato do homenageado empunhando um volumen – símbolo da magistratura municipal. Este medalhão é suportado por duas vitórias aladas, por sua vez ladeadas pelos Génios das Estações: à esquerda, um jovem personifica a primavera enquanto aves de caça simbolizam o outono; à direita, flores e frutos aludem ao verão sendo o inverno representado por um velho de barbas. Nos extremos da arca figuram um pastor tocando flauta de Pan e jovens pisando uvas numa dorna.