Assinala-se, hoje, 23 setembro, o 48º aniversário da morte de Ruben A., pseudónimo literário de Ruben Andresen Leitão.
Ruben Alfredo Andresen Leitão nasceu em Lisboa em 1920 e faleceu em Londres em 1975.
Estreou-se, em 1949, com Páginas, um misto de diário e de ficção. A sua atividade literária na década de 60 ficou marcada pela edição de três volumes autobiográficos, O Mundo à Minha Procura. Em 1973, publicou a sua última obra, a novela Silêncio para 4.
Ruben Andresen Leitão foi também professor no King’s College em Londres e funcionário da Embaixada do Brasil em Lisboa durante quase 20 anos, cargo que deixou em 1972.
Depois dessa data foi administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda e diretor-geral dos Assuntos Culturais do Ministério da Educação e Cultura, tendo lançado, em 1975, entre outras ações, um projeto de revitalização do Museu Nacional Soares dos Reis.
Ruben Andresen Leitão licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde defendeu a tese Cartas de D. Pedro V ao Conde de Lavradio. A partir daí, o seu interesse por D. Pedro V leva-o a publicar numerosos volumes da correspondência do rei, bem como outros estudos e investigações históricas.
O Museu Nacional Soares dos Reis está hoje instalado no Palácio dos Carrancas, adquirido pelo rei D. Pedro V, em 1861, para passar a residência oficial da família real nas suas visitas ao Norte do País.
O edifício foi doado, em 1915, à Misericórdia, através do testamento de D. Manuel II, que pretendia aí construir um hospital, o que nunca chegou a concretizar-se.
Mais tarde, o Estado comprou o palácio para aqui instalar o Museu Nacional Soares dos Reis que tinha sido fundado em 1833, por D. Pedro IV, e funcionava no Convento de Santo António, atual Biblioteca Pública Municipal do Porto.
O Palácio das Carrancas foi novamente alvo de remodelações para a sua nova função e em 1940 foi aqui inaugurado o Museu Nacional Soares dos Reis, o mais antigo museu público de arte em Portugal.